quinta-feira, 31 de julho de 2008

Uma Brasileira (não tão) perdida no exterior

Problemas sendo resolvidos um a um. A bolsa, por incrível que pareça, foi encontrada. Nela, minha carteira de motorista, minhas maquiagens e meus cartões já bloqueados. A câmera, o celular, o dinheiro vivo e o passaporte se foram... Aliás, fiquei sabendo que passaporte por aqui é vendido a preço de ouro. U$ 20.000 – vinte mil fucking dólares! Com visto então... Isso significa que meu passaporte era o item mais valioso naquela bolsa e a essas alturas já deve ter sido vendido no mercado negro.

A má notícia é que em função dessas e outras vou ter que ficar aqui mais tempo do que o planejado. O passaporte demora a sair (tem que esperar meus documentos originais chegarem do Brasil) e eu tive alguns problemas com a escola. Ficarei por aqui duas semanas a mais que o previsto. Mas enfim... isso há de ser uma coisa boa, afinal.

Sobre as minhas aventuras, posso dizer que estive em lugares bem interessantes por aqui. Departamento de polícia, com todos aqueles policiais gordinhos, preguiçosos, comendo donnuts e tomando café, bem como a gente vê nos filmes. Na delegacia, placas com fotos dos heróis perdidos no fatídico 11 de setembro... realmente emocionante. No Consulado Brasileiro, um monte de brasileiros queridos e dispostos a ajudar. E no escritório da minha advogada em Nova York, Dra. Berenice Busson (realmente, ter bons contatos é tudo. Valeu, dinda!).

Enfim, como eu disse, essa minha bendita sorte fazendo com que as pessoas certas cruzem o meu caminho, o universo confabulando para que tudo sempre dê certo no final das contas.

Fica aqui o meu muito obrigada a todos que estão me apoiando em mais essa batalha.

Valeu mesmo, pessoal!

Comentário fútil do dia: O que é pra ser nosso ninguém tira. Já dizia uma feliz proprietária de uma bolsa Victor Hugo recém recuperada. Minha querida bolsa voltou para as minhas mãos.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Domingo chuvoso em Nova York

... dia nublado refletindo o estado da minha alma, que deu-se por conta das fotos perdidas.

Central Park, Metropolitan Museum, Rockfeller Center, amigos, baladas...

É mãe... não tem jeito. Vou ter que voltar nem que seja para tirar fotos novamente.

Péssimo, não é mesmo?

ps: em dias de chuva você percebe que há poucas coisas para se fazer por aqui. As ruas ficam tomadas de gente correndo, e de repente aparecem um seres usando umas capas de chuva amarelas bastante esquisitas. Pontos amarelos tomam conta da cidade. Ainda bem que sempre se encontra uma companhia agradável, mesmo em um dia chuvoso.

Conversas inúteis

Rubí: Sério. Aqui só se come porcaria. Salgadinho, cream cheese, bolachas, balas e doces. E pior que tudo que eu compro, quando chego em casa experimento e não gosto. Tem tanta comida no meu quarto... eu nunca vou conseguir comer isso. Quando eu for embora estou pensando em dar para os mendigos.

Renan: Dar para os mendigos?! Nossa! Impressionante ver vté que ponto chega a tua solidariedade...

Rubí: A comida. Eu estou falando da comida! Francamente...



Nota da autora: esse guri é impossível.

domingo, 27 de julho de 2008

Sobre cachorros gigantes

Pra descontrair um pouco.



ps: será que fui só eu que chorei de rir ao ver essa foto?

sábado, 26 de julho de 2008

O dia seguinte...

Hoje foi um dia e tanto. Se ontem tive um problema, hoje tenho que resolvê-lo. Procuro sempre pensar assim. De nada adiantaria chorar, e por isso não o fiz.

Primeiro passo do dia: procurar Manny, alguém que poderia me ajudar por aqui. Sem celular para contatar ninguém, fui até a loja dele. Fechada. Sábado é um dia sagrado para os judeus. Segundo passo: ligar para o lugar onde estive ontem para checar a possibilidade de alguém ter encontrado meus documentos. Não encontraram nada. Terceiro passo: ir até a polícia registrar a ocorrência. Lá fui orientada a primeiro contatar o consulado, a ocorrência só poderá ser feita depois disso. Parti, então, em direção ao consulado. Fechado. Só abre na segunda-feira. Agora só me restar esperar.

Li no site do consulado que para fazer um novo passaporte é preciso ter um documento de identidade brasileiro válido. Minha carteira de motorista, o único documento que tinha além do passaporte, também estava na bolsa...

A coisa mais empolgante disso tudo é perceber que estou tendo calma, maturidade e sabedoria para resolver meus problemas sozinha. Além de atitude, é preciso ter um bom nível de inglês para explicar tudo o que aconteceu e buscar ajuda, o que eu estou sabendo fazer com tranqüilidade.

Já que a questão do passaporte ficou em stand by pelo menos até segunda-feira, minha maior meta era reaver a comunicação com as pessoas. É impressionante perceber como fico perdida sem o meu celular. Além de todos os contatos que fiz aqui estarem gravados nele, aquele aparelhinho era também meu relógio, meu despertador e minha calculadora.

Por isso fui atrás do Manny, que trabalha na loja de celulares e poderia resolver pelo menos essa questão. Eu não tenho seu endereço nem telefone anotado em lugar algum, mas recordava onde era a sua casa pelo dia em que tivemos o jantar de Shabbat. Na minha cabeça, eu só precisaria pegar o metrô para a Bay Parkway, no Brooklyn, e de lá saberia facilmente encontrar sua casa, que era perto da estação.

Ledo engano. Resumo da ópera? Passei o dia a pegar metrôs errados e não encontrei a casa do Manny. Descobri que a minha habilidade com a língua inglesa é inversamente proporcional à minha habilidade de entender mapas. Mas no fim estava otimista e até curtindo o passeio, vi umas casinhas bem bonitinhas, bem diferente da realidade da movimentada Manhattan, e um monte de gente estranha entrando e saindo do metrô. E eu claro, fazendo as minhas análises e observações. Divertido. A parte chata do dia foi ter que admitir que eu não encontraria a casa do Manny e ter que voltar para casa. Não gosto de desistir das coisas, mas foi necessário. Afinal não seria legal passar a noite no Brooklyn sem celular e sem identidade.

Passei o dia inteiro sozinha. Para muitos, isso seria triste, mas não para mim. Acredito que pessoas que não gostam de ficar sozinhas não sabem apreciar sua própria companhia. Sorte que não é esse o meu caso.

Descobertas do dia:

* Hoje lembrei que a minha câmera também estava dentro da bolsa, o que é muito triste (do ponto de vista financeiro).

* Em Nova York, em relação à bebidas ou qualquer outro tipo de comida, quando te perguntam que tamanho você quer, convém pedir sempre o pequeno. Porque o médio é sempre grande demais.

* E a mulherada só usa chinelo por aqui. E sandálias crocs. Da série “Me venderam o produto errado”. Onde estão os Manolo Blahniks e os Christian Loboutin?

* Lembre que o Rodrigo certa vez justificou meus atrasos (eu? atrasada? ora, francamente!) em função do meu fuso horário estar programado de acordo com a hora do Paquistão. Me apelidou carinhosamente de "paquistanesa". O taxista queridão de ontem, Fazzy, é paquistanês. Descobri, então, que paquistaneses são pessoas legais e de bom coração.

Sem lenço e sem documento em Nova York

Aconteceu o impossível. Minha bolsa foi roubada. Meu passaporte, minha carteira de motorista, meus cartões, meu dinheiro, meu celular...

E agora cá estou eu. Perdida, literalmente.

Não sei. Não tenho nada a declarar no momento. Me sinto meio impotente, sabe? Não tenho como provar quem eu sou num país como esse...

A sorte é que ainda existem pessoas de bom coração. Fazzy, um taxista, me trouxe até o hotel, conversou comigo, me acalmou e me emprestou o celular para que eu pudesse falar com a minha mãe - os cartões de crédito devem ser cancelados imediatamente. E ainda por cima não cobrou a corrida.

Por incrível que pareça, estou calma. Não sei porquê, mas acredito que tudo vai dar certo. Isso é apenas Deus colocando mais um obstáculo na minha vida para que eu possa supera-lo. Além do mais, eu tenho essa bendita sorte de que só pessoas boas cruzam o meu caminho.

Mas a verdade é essa. I'm a little girl with a big trouble (uma pequena garota com um grande problema).

Desculpa, Adri. Eu perdi a tua bolsa. Eu realmente adorava ela...

Estou sem telefone, e é impossível fazer ligações a cobrar nesse país. É. Parece que eu realmente tenho que acreditar que tudo vai dar certo. É só o que me resta.

Aos meus amigos, não preciso pedir para que torcam por mim. Sei que vocês estão sempre fazendo isso. Desde o começo dessa viagem (lembra quando eu pedia para torcerem para que eu conseguisse tirar o visto? Eu consegui, não é mesmo? Então... vou conseguir de novo.)

Se bem que uma forcinha divina sempre cai bem. Ele tá sempre do meu lado também, tenho certeza, conduzinho meus passos e me mostrando a direção certa a seguir.

Todo caso... oremos.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Uma tarde em China Town

Gucci, Luis Vuitton, Prada, Hermès, Dolce&Gabanna, Rolex... e tudo mais que se possa imaginar. É isso que você encontra em China Town. Tudo falso? Sim, a maioria. Mas existem alguns seres de olhos puxados e desconfiados que “falam baixinho e te levam ao paraíso” (valeu, Lu!). Aí sim. As coisas roubadas.

Esses “seres” ficam parados na rua, nas calcadas, discretos, falando baixinho, pronunciando os nomes das grifes que eles vendem. Olhando para todos os lados, para se certificar de que não há polícia por perto. Se você se interessa, eles te puxam para um cantinho e te mostram as fotos do que eles têm. Você escolhe pela foto. Eles te carregam para outro canto e te deixam esperando. Sempre olhando para todos os lados, eles somem e alguns minutos depois reaparecem com grandes sacolas plásticas pretas, amarradas. E nelas que está o tesouro! Eles abrem só uma frestinha para você se certificar de que é o que você pediu. Às vezes nem isso. Te dão a sacola, pegam o dinheiro e saem correndo. Saí de lá com duas dessas e algumas pulseiras Tiffanys.

Meu quarto no hotel agora mais se parece um baú de pirata, com tanto tesouro que tem dentro.

(para adoradores de Sex and The City) Quem consegue esquecer aquele episódio em que a Samanta faz de tudo para conseguir uma Birkin Bag, da Hermès? Para não ficar na lista de espera pela bolsa (grife que se preze tem lista de espera), ela usa o nome da Lucy Liu, sua cliente, para consegui-la.

Por que estou contando essa história? Porque hoje eu adquiri a minha Birkin Bag, branca, linda, linda... em China Town.

Ah, ontem comprei um vestido a cara da Carrie também. E hoje comprei a bolsa da Samantha. Me sinto cada dia mais vivendo como as garotas de Sex and the City.

Nova York te faz pensar que cada dia vale a pena. E a vida pode, sim, ser exatamente como um filme - com direito a trilha sonora.

ps: Esta tarde escutei muito Legião Urbana. Cultivando a saudade da minha terra, do meu povo. Falei rapidamente com a minha família (infelizmente, a ligação é cara...). Saudade, saudade.

ps2: Hoje vou a um "Club". Balada. Festa. Ai ai meu fígado...

Mary Poppins na Brodway



Ontem foi o show. Realmente, uma das coisas mais lindas que eu já vi na vida. O teatro, a produção, os atores, os efeitos... é difícil descrever a sensação.

Depois dessa experiência entendi por que os shows da Brodway são tão caros e tão famosos. Que produção! Admito que passei a maior parte do espetáculo de boca aberta, com olhos mais brilhantes do que qualquer criança que lá estava. Lindo, lindo. Quando acaba, você não consegue parar de aplaudir.

Para os adoradores da arte teatral, assistir aquilo é quase transcender o próprio espírito. E ao mesmo tempo, uma lástima compreender que nunca teremos isso no Brasil...

Depois, fomos jantar no Ruby Tuesday. Pois é, tenho meu próprio restaurante por aqui, em plena Times Square.

Mais cedo, ontem ainda, fui na loja da Apple. Mais uma da série "Não é o simples fato de ir a uma loja. É uma experiência!". iPods, iPhones, MacBook Air (levíssimo!abrsurdamente leve. ai, ai!) a preços módicos (pra quem conhece os preços no Brasil... absolutamente módicos). Já garanti meu iPod nano rosa pink (naturalmente) de 8gigabites. To apaixonada por essa coisinha rosa na palma da minha mão...

Notícia triste para nós, os trabalhadores brasileiros. De acordo com as minhas pesquisas, fontes confiáveis revelaram que o salário médio em Nova York é de U$ 6.000. (Seis mil fucking dólares!) Lembrando que não estamos falando de trabalhadores com graduação nem de trabalhos complexos. Estou falando de vendedores de loja, garçons, caixa de supermercado... Quem tem graduação, naturalmente, ganha muito mais do que isso. Advogados, então... nem se fala. As mesmas fontes revelaram que aqui é comum encontrar pessoas que ganham U$ 50.000 por mês. Não estou falando de artistas e celebridades em geral. Estou falando de gente que trabalha com seriedade.

Daí fica fácil compreender por que tem tanto brasileiro se mandando pra cá...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Nova York quando chove...

fica uma loucura! Gente correndo para todos os lados, guarda-chuvas que surgem sei lá de onde. Milhares de crespas apavoradas com a chuva (toda a negra que se preze por aqui carrega um guarda-chuva na bolsa). Correria. E eu tranquilamente observando o movimento do formigueiro luminoso. Divertidíssimo!

Estive no Harlem hoje. Um bairro completamente étnico. Os negros predominam (aí sim você se sente dentro de um filme). Tem a parte dos hispânicos também, onde a língua oficial é o espanhol - e ai de quem aparecer por lá falando inglês...

Lá, fui o Sylvia’s, um restaurante de Soul Food – tipo de comida que mistura a culinária negra com a francesa. E não é que dá samba? Muito bom. Como lá não tinha cosmopolitan, pedi um Waiting for Exhale, um drink eleito pelo segundo ano consecutivo um dos melhores da cidade, segundo o New York Times.

Hoje tem show do George Michael no Madison Square Garden, aqui do lado do hotel. A cidade está em polvorosa.

Recadinhos

Tuta: Saudade, ô peste.

Nay: Finalmente consegui entender a diferença (estética) entre japosenes e coreanos. Coreanos têm os olhos esticados pra caramba - é um milagre que ainda consigam enxergar alguma coisa. Japoneses têm os olhos um pouco mais arredondados.

Enfim... na Estátua da Liberdade

Hoje estive no mais famoso monumento de Nova York. Lindo, claro. Emocionante. Ver de perto o que a gente só conhece por foto. Respirar fundo e pensar... “Eu tô aqui!”. Demais. Não tem preço.

Mas olha... sinceridade? Mais vale a emoção de estar lá do que a beleza da coisa em si. Estar no topo do Pão de Açúcar ou no Corcovado é muito mais bonito e emocionante – na minha singela opinião. Nova York é uma cidade cinematográfica, mas as belezas naturais do Brasil são imensamente mais encantadoras. Deu saudade do Rio...

A parte de ir até lá por água é muito bacana. Ver a cidade de dentro do mar... que visão. Os prédios gigantes, vários, um do ladinho do outro... De longe, parecem caber na palma da mão. Lindo.

Depois da Estátua da Liberdade, fomos para Ellis Island, também de barco (pelo tamanho, eu diria que era um iate). Lá visitamos o Museu dos Imigrantes, que mostra toda a trajetória das pessoas de diferentes nacionalidades que chegaram aqui no século passado. É história pura.

Curiosidade: quando você entra neste Museu, recebe um rádio com fones de ouvido, onde você pode ouvir a história além de ver as peças em exposição. É como se um guia estivesse te acompanhando. Muito bacana.

No meio do passeio, eu me enjoei daquela voz feminina no meu ouvido e resolvi tirar os fones. Queria espaço para pensar em paz e fazer minhas próprias reflexões. Para não ficar carregando, coloquei o aparelho na bolsa.

Na estação do metrô, quando fui pegar meu cartãozinho na bolsa o que encontro? O aparelho que esqueci de devolver. Eu acidentalmente “roubei” o aparelho. Quis me enterrar de vergonha. Pensei em devolver, mas isso envolveria pagar o ingresso de novo, pegar dois barcos e voltar a Ellis Island...

Enfim... mais um souvenir de Nova York.
(quem quiser ouvir toda a história da imigração nos Estados Unidos, é só falar comigo quando eu voltar)

Recadinhos

Mãe: eu juro que foi sem querer!

Adri: Fico muito feliz que tu esteja acompanhando! Várias vezes me peguei por aqui pensando que tu e o Caito iam amar isso aqui. Muitas coisas são a tua cara. Uma gigante loja de óculos de sol me faz lembrar de ti, por exemplo... (e passear na 5th Avenue... você ia delirar!). E não te preocupa, tem Victória Secret pra ti também (eu falei que fiz a limpa naquela loja...). Manda beijo pra tia Ângela. Diz que ela ia morrer de orgulho se me visse aqui.

Vica: Continua na mesma. Desnaturada!

Keny: O gatinho da foto é espanhol e se chama Sergio. Ficou lisonjeado com o teu comentário e quer te conhecer.

Anna: SAUDADE!

Marcelo Argôlo: Adorei saber que você está acompanhando o blog! Boa sorte na campanha. Estou torcendo por ti.

Mãe (de novo): fiz o que tu sugeriu e comprei papel toalha. Isso mudou a minha vida por aqui! Brigadateamomuitobeijo

segunda-feira, 21 de julho de 2008

...mas a Starbucks me adora!

Tanto que tá me dando até café de graça!

Hoje no intervalo da minha aula desci pra pegar um café. A coisa funciona assim: enquanto você está na fila, alguém pergunta qual café você vai pedir. Pede o seu nome e passa a informação para o pessoal que está preparando. Nisso, ainda na fila, eu fiquei olhando as prateleiras de coisas para comprar e me interessei numa garrafinha para carregar água. Peguei a garrafinha para comprar. Paguei. U$ 10 no total. Fui para a outra fila e peguei o café. Saindo da loja, fiquei pensando "como foi barato isso! Café mais a garrafinha só U$ 10...". Peguei a nota fiscal e reparei que só me cobraram a garrafinha.

Cliente fiel é assim, ganha café de graça na Starbucks.

No topo do mundo




Ontem fui no Top of Rock, no Rockfeller Center. Mais uma vez, vi a mais linda das cidades de cima. Ai ai... surpiros.

Depois fui jantar em um restaurante francês, o Rue 57. Comi um Frech Meatloaf e bebi um champagne básico (restaurante francês né...nada mais natural).

Recadinhos

Adri: A tua (ex) bolsa Victor Hugo saiu para passear comigo ontem.

Vica: Deu pau na carta? Escreve de novo, ora! Tem que fazer por merecer os milhões de Victoria Secret que eu to levando pra ti.

Carol: Avisa a Iara que eu vou me empenhar para encontrar o Pluto!

Renan: Sabe quanto custa um Manolo Blahnik? A bagatela de U$ 3.000 (três mil fucking DÓLARES!). Não vai ser dessa vez que eu vou poder levar um desses pra casa.

Juca: primo desnaturado... apesar de tu nem lembrar que eu existo, eu vejo um bando de coisas aqui que penso “Bah! A cara do Juca”. Aguarde os souvenirs...

Naigler: Arrasando nos comentários! “E quem pode culpa-lás?” ADOREI!

O lado VIP da vida




Observatório do Empire State. 82º andar. Um dos melhores lugares para se ver Nova York por inteiro, de cima.

Ingressos: U$ 35 por pessoa
Tempo de espera na fila (para comprar os ingressso): 1 hora e meia (numa previsão otimista.)
Tempo de espera para conseguir pegar o elevador, subir até o 82º andar e encarar mais uma fila para entrar no lugar: mais 1 hora, no mínimo.

Ser vipada, não pagar ingresso, nem fila, entrar num elevador SOZINHA, sem aquele mundaréu de gente falando todas as líguas possíveis ao teu redor, estar no observatório no melhor horário possível (noite) e ainda por cima ter um guia turístico te explicando o que é cada coisa cidade: NÃO TEM PREÇO


É... ta muito difícil a vida por aqui.

ps: continuo com a mesma teoria: se é pra acabar com o seu fígado, que seja tomando cosmopolitans.

ps2: repara na foto. Tem como não amar essa cidade?

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Minha professora me odeia

Coisas engraçadas que acontecem nas aulas.

Geral aqui toma café o tempo inteiro, em todos os lugares, inclusive na sala de aula. Só que dentro da sala de aula não tem lixeira. Só lá fora. Esses dias entrei na sala com o meu starbucks geladinho, tomei e deixei no chão para levar embora quando terminasse a aula. Só que eu esqueci de pegar. Um lapso, pode acontecer com qualquer um.

O que você faria se visse um copo de café na chão da sala? Lembrando que estamos falando de café starbucks, e não de qualquer copo melecado. Pegaria, levaria até a lixiura mais próxima e continuaria seu dia numa boa, não é mesmo?

Pois a minha professora me chamou de canto na aula seguinte para dizer que eu esqueci de pegar meu café e ELA teve de recolher. E isso foi um insulto. Sim, ela disse isso ("What an insult!").

Algumas aulas depois, o assunto era mulheres nos exércitos, em guerra. Lemos algumas cartas das soldadas que estão no Iraque. Depois ela perguntou se achávamos que todas aquelas mulheres eram patriotas. Eu disse que não, porque algumas delas estavam lá só pelo dinheiro, mas que não gostavam realmente de lutar. E patriotismo, para mim, é quando se luta com vontade, com paixão, com tesão. E não por obrigação. Minha opinião, eu disse pra ela. O conceito de patritismo pode variar de pessoa para pessoa. Ela, claro, não concordou comigo. Buscou um dicionário para me mostrar o que "patriot" significava. Uma querida essa professora!

Esses dias passeando por aí vi um protesto de pessoas contra a guera no Iraque. Grandes cartazes diziam "Bring them back" (tragam-nos de volta). E gritavam "Quando vão trazer nossas crianças de volta?". Passei reto. Mas me deu vontade de voltar e dizer que concordo com a causa deles. Mas sei lá, vai que o Mr. Bush descobre que uma brasileira por aqui não concorda com a maneira dele de governar esse país e resolve me mandar de volta pra casa... resolvi ficar calada. Mas não consegui evitar de ficar pensando nisso. Até porque essa guerra só está acontecendo por dinheiro, por ganância de um país que já tem dinheiro o suficiente. Por que não vai o próprio Bush e seus aliados arriscarem suas vidas em campos de batalha? Decidir entrar em uma guerra e mandar os filhos dos outros é muito fácil. Muinta vontade de voltar lá e segurar a mão daqueles pais e mães aflitos.

A última da professora "Os americanos nunca vão eleger um negro para presidente".

Declaração altamente racista. Discordo dela.

Go, Obama!

Japoneses

Eu diria que nesse curso, 60% das pessoas são japoneses (e coreanos? e chinenes? tailandeses? ora! mas eles todos tem olhos puxados! como é que eu vou saber?!)

Enfim. Dia desses um rapaz turco estava me contando que ouviu de um japonês que as americanas não gostam deles, assim, para namorar.

Porque eles têm o pinto pequeno.

Que triste isso.

O mistério da beleza americana

Mais uma vez, após grandes análises...

Observei que existem muito pouco cabelo ruim por aqui. Não existem cabelos crespos, mas sim belíssimos cabelos ondulados e sedosos. Até mesmo as negras tem cabelos maravilhosos, de dar inveja.

Não vi ninguém com espinhas no rosto, ou pele oleosa, brilhando. A pessoa tem que se esforçar muito para ter uma pele feia por aqui.

Para responder a estes questões, lanço alumas possibilidades:

- ou a água daqui faz milagres (talvez tenha junto um pouquinho daquela poção mavavilhosa chamada formol - nossos cabelos agradecem);

- ou o clima daqui é muito bom (muito provável. Mesmo no verão a temperatura nunca chega ao insuportável - se comparada a algumas cidades brasileiras... E o tempo tende a ser seco - mais uma vez, nossos cabelos agradecem);

- ou as pessoas daqui gastam uma fortuna com produtos para a pele e perdem no mínimo 2 horas de sono para arrumar o cabelo antes de sair de casa;

- ou a genética daqui é muito boa (pouco provável também, porque aqui tem gente de todos os lugares do mundo);

- ou a alimentação daqui contribui para a saúde da pele e dos cabelos (absolutamente improvável).

E aí, o que vocês acham?

Vários

Hoje comprei ingressos para assistir a um show da Brodway. Mary Poppins (para a criança que ainda vive em mim) . Quinta feira que vem, 20hs. To avisando porque estou certa de que serei outra pessoa depois dessa experiência.

Comprei um New York Times. É uma coisa gigante! Você mal consegue segurar. Comprido (em tamanho das folhas) e com milhares de seções. Não consigo imaginar um cidadão lendo tudo aquilo em apenas um dia. Bem, para aqueles que não tem uma vida social, pode ser uma boa idéia...

Após grandes análises, criei uma teoria. Os americanos colocam tanta pimenta em suas comidas porque estão com o paladar fu**** de tanto fumar (desculpa a expressão, mas foi a que melhor retratou a situação). Sério. Todo mundo fuma por aqui. É impressionante. Se a galera tem 5 minutos de intervalo, lá vão eles correndo para fora dos edifícios fumar. Aqui, fumar dentro de lugares fechados é proibido. O sujeito que tantar isso pode ir preso.

Acho ótimo essa lei. Coisa de primeiro mundo. Mas ao mesmo tempo, acho que quanto mais se proibe as coisas, mais ainda as pessoas praticam. Basta olhar a quantidade de gente fumando nessa cidade.

O que vocês acham?

recados

Mãe: me encontrei com a Dra. Adélia hoje. Decidimos que eu vou resolver a história no Brasil mesmo, com o tal Dr. Reston. Por aqui tá tudo bem, tá tudo ótimo! Beijosmeliga.

Sobre rappers e afins...

Os cantores de rap e hip hop daqui (tudamesmacoisa)se parecem muito com as loiras no Brasil. Parecem terem saídos todos de um forno, com o mesmo formato, roupas, cabelos, trejeitos e gírias.

Um cidadão dessa estirpe me parou na rua esses dias. "What's up ya!" queria me vender o cd dele. Os aspirantes a artista aqui demostram seu trabalho em todos os lugares possíveis. Vi uma moça cantando numa parada de metrô, com microfone e violão. Cantava muito bem, aliás. E os rappers ficam atacando as pessoas na rua para vender seus cds e pedir votos na mtv.

Esse que me parou se chama "C-Boy", mas ele prefere ser chamado de "Pain". Me disse que está no 5º lugar nas paradas na MTV e me pediu que votasse nele. Até comprei o CD pra levar de souvenir. Detalhe: o CD está autografado e tem o número de telefone do cara. Detalhe: eu não pedi nada disso...

I didn't ask to be the princess...

but hey! If the crowd fits...

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I can only please on person a day.
And today is not your day.

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Take me drunk
I'm home

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adoro essas frases de camisetas!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Drops

Hoje estive na loja da Gucci. Eu ia tentar descrever aqui, mas... né... gente. Impossível. É coisa de filme. Tem 3 andares, elevador. Tudo é dourado. Ai ai... Eu queria comprar uma rasteinha da Gucci, mas... U$ 450... fico com a minha havaianas mesmo.

Entrei na Tiffany's & Co. No caso de vocês não terem entendido, eu repito. EU ENTREI NA TIFFANYS! Pude, enfim compreender porque um diamante da Tiffanys vale o que vale. Quase precisei colocar os meus óculos de sol dentro da loja, de tanto que brilhavam. E eu que achava que essa porcaria que tenho no dedo, que erroneamente chamamos de anel, era brilhante... Depois da Tiffanys, darling, qualquer jóia te parece porcaria.

Quando você começa a pensar que pagar U$ 50.000 em um anel talvez valha a pena... significa que você realmente deixou a sua sanidade em casa. Ou melhor, deixou na loja da Tiffanys mesmo.

Fui no cinema hoje. O filme chama "Wanted" (não sei como vai chamar no Brasil, porque... né... todo mundo sabe que filme só chega no Brasil no mínimo uns 4 meses depois de ter sido lançado aqui). Tri bom o filme, com Morgan Freeman, a Angelina Jolie loucamente gostosa e violenta e um ator gatíssimo. Tri gurizão, meigo e tal. Depois que ele tira a camisa você muda de idéia. Tiros, sangue e perseguição nas ruas de Nova York (coincidência, né?). Gostei muito do filme e recomendo. Até porque tem uma cena em que a Angelina aparece nua, então para os guris tá valendo a pena.

Vi o cara do Outkast na rua. Ele veio me perguntar se eu sabia onde era a 44th. Dei a informação e desmaiei depois.

New York Public Library




Hoje estive no cenário do "casamento" de Carrie Bradshaw - a Biblioteca Pública de Nova York, na 5th Avenue. Que lugar maravilhoso!

A arquitetura é clássica, só de entrar lá você já fica hipnotizado com a grandiosidade do lugar. Escadarias enormes de mármore branco, grandes lustres e corredores imensos.

Entrar nas salas de leitura é uma sensação indescritível... tive a nítida sensação de que todos os livros do mundo estão lá. Limpos, bem organizados, bem cuidados. E o cheiro... cheiro de livros antigos! Melhor que Channel nº 5. Grandes mesas, muita gente lendo. Jovens, velhos, crianças.

Para os amantes de literatura e cultura em geral, ali é o paraíso.

Quando entrei lá, apenas fechei os olhos e respirei fundo, para não esquecer jamais dessa sensação.

recados do dia:

Mãe: certeza que se tu tivesse estado lá tu ia querer te mudar para Nova York amanhã mesmo

Renan: EU ESTIVE NO CENÁRIO DO FILME SEX AND THE CITY! AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!

(mais) Motivos para se amar Nova York

... porque você pode tomar um drink em terraço, a céu aberto, na frente do Madison Square Garden, e ver sair de um hotel Bon Jovi e All The American Rejects.

A parte ruim foi que eu perdi o show.

A parte pior foi que o Bon (muito bom, diga-se de passagem) Jovi saiu cercado de seguranças, entrou numa super caminhonete e saiu cantando pneu em plena 34th.

A parte boa? Ver tudo isso tomando um cosmopolitan, ao som de "Gimme More", à 1h30 da manhã de uma quarta feira.

Vida difícil...

No Madame Tussauds...

Terça feira foi um dia muito bacana, fiz dezenas de coisas.

Fui com Sergio (o espanhol que já havia sido citado nesse blog anteriormente) ao museu Madame Tussauds, aquele das estátuas de cera.

Nossa! Demais! Super! Altamente chocante! Preciso dizer que adorei?

As estátuas são PERFEITAS. Tamanho real, cabelo, roupas, expressões (até mesmo rugas e gordurinhas a mais). Celebridades, atores, modelos, cantores, grandes estrelas do esporte (inclusive Ayrton Senna), da política e ícones religiosos.

Além de se divertir com as estátuas, tiramos foto no estilo pop art de Andy Warhol, vimos um filme em 4D em que as cadeiras mexiam, tinha bolhas de sabão no ar e água de verdade era jogada na gente – dentro do cinema. E eu, ainda por cima, dei uma de “super man” fiquei sobrevoando Nova York em um simulador. Depois disso, fomos na lojinha do museu e eu deixei algum dólares por lá.

Como estávamos na Times Square, decidimos assistir a um show do Boys II Men no BB King (bar famosérrimo da Times). Voltamos ao hotel para deixar as sacolas e trocar de roupa. Quando chegamos lá novamente, quem diz que tinha ingresso? ESGOTADO. Mas não ficamos tristes, jantamos por lá mesmo ao som de um grupo de jazz, bem bacana. Ainda no restaurante, reparei que Sergio não falava muito. Ele tá no inglês intermediário. Perguntei se ele não preferia falar espanhol, porque eu poderia compreender ele. Aí sim, ele soltou a franga e só falamos espanhol pelo resto da noite.

Na volta, caminhamos pela Times até o Brian Park (aquele que passa filmes de graça a noite, ao ar livre). Lindo demais.

A seguir, algumas fotos no Madame Tussauds.

Princesa Diana




Ó, mãe. Pra ti.

Ayrton Senna

Spice Girls

Britney




ainda bem que fizeram a estátua enquanto ela ainda era gostosa.

Amelia Earhart



1897 - 1937

"Por favor, saibam que eu estou ciente do perigo. Eu estou fazendo isso porque tenho que fazê-lo. As mulheres devem se arriscar e tentar coisas assim como eu estou fazendo. Quando elas fracassam, suas falhas devem ser um desafio para as outras."

Inspirada pelas histórias de bravura dos pilotos feridos que conheceu enquanto trabalhava em um hospital militar, durante a Primeira Guerra Mundial, Amelia se tornou "Lady Lindy" e a primeira mulher a cruzar o oceano atlântico pelo ar. Seu sonho era ser a primeira mulher a voar ao pelo mundo, mas seu avião se perdeu em algum lugar do sul do pacífico. Seu corpo nunca foi encontrado.

Engagement party

A cidade é realmente uma loucura. É tanta coisa para fazer, tantos lugares para ir que sobra pouco tempo de atualizar aqui. Mas vamos lá, pela ordem.

Segunda-feira estive em uma tradicional festa de noivado judaica-israelense, no Brooklyn.

Eram todos judeus ortodoxos. Fui avisada de que deveria "cobrir o corpo". Quando cheguei lá, logo uma moça me puxou para um canto. Mulheres e homens ficam são separados por grandes biombos. Segundo eles, a mulher em sua religião é considerada sagrada e por isso não deve ser tocada por nenhum homem (daí fico pensando... e como é que eles fazem os bebês?!). Só se falava hebraico nessa festa. Eram todos israelenses. E eu lá perdidona... nos primeiros 10 minutos. Logo depois já encheram meu copo de vinho e éramos todas amigas.

É realmente um ritual muito bonito. Alegre, com cantorias, palmas, (muita) bebida, (muita) comida... Pelas expressões gestuais e faciais das pessoas, pude compreender bastante do que estava sendo dito.

Segundo Manny e seus amigos, quando eu retornar ao Brasil estarem falando, também, hebraico. Nada mal pra quem já fala português, inglês e recentemente descobriu que fala espanhol...hehehe


Momento do dia:

Manny: Essa cidade é maluca demais, especialmente Manhattan. Você acha que conseguiria viver aqui?

Letícia: (abre um sorriso, respira fundo...) I do!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Hey there Delilah, what's it like in New York City?

http://www.youtube.com/watch?v=EbJtYqBYCV8

Dedico essa música a um certo alguém muito especial pra mim, que está a milhas de distância, mas está sempre comigo, em cada passo, em cada pensamento.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

By the way...

Derik, darling... quem é você?

Autor dos comentários que instigam a minha curiosidade todos os dias.

Happy Birthday, mom!

A própósito, apesar de estar do outro lado do mundo, não posso esquecer um dos dias mais especiais do ano.

FELIZ ANIVERSÁRIO, MÃE!

Por acreditar sempre nos meus sonhos, por mais loucos e absurdos que eles fossem... obrigada.

TE AMO

Sinto sua falta todos os dias.

Red Hot Chilli Peppers

Não. Não estou falando da banda, mas sim dos temperos daqui. TUDO tem pimenta. Impressionante. Hamburgueres, saladas, até mesmo (pasmem!) salgadinhos. Hoje comi comida indiana. Duas garfadas, dois litros de água. E o pior de tudo é ouvir "ah, nem é forte isso!". Desculpa se o meu paladar é sensível!

Meu organismo já está dando sinais de que não tá gostando muito desse tipo de alimentação. Saudade de comer feijão com arroz...

Curiosidades: só mesmo estando em Nova York para descobrir que existem unhas postiças para as unhas dos pés. É. Isso mesmo. Para os pés. Eu comprei umas para experimentar (mas que deve ser bizarro, deve).

As pessoas aqui têm o hábito de jogar o papel higiênico na privada. Quase não se vê latas de lixo nos banheiros. Minha mãe sempre me ensinou que jogar o papel na privada é errado... então... não consigo me acostumar com isso.

Ainda ontem estava passeando pela 5th avenue (tava indo para o Central Park, é caminho...). Passei na frente da Gucci, Prada, Louis Vuitton... as vezes tenho que me segurar para não chorar - de emoção, claro. Ainda não acredito que estou aqui. Porque isso tudo é realmente a realização de um sonho.

ps: ninguém é capaz de imaginar a imensa fila da loja da Apple ontem para comprar o novo iPhone.

Nova York consegue te surpeeender a cada dia.

Conversas paralelas...

Letícia : Essa cidade é realmente linda. Mas o que estraga mesmo são os turistas.

Charlie : Verdade.

Letícia : Odeio turistas. Sério. Eles sujam a cidade. Não deveriam permitir a entrada de turistas por aqui. Toda essa gente falando todo o tipo de línguas por aí... isso me irrita. Como americana, me sinto ultrajada, sabe? Ainda bem que eu não sou turista.

Charlie : Ainda bem.

Para os adoradores de salto alto...

nada pior do que essa atrocidade chamada "croc", não é mesmo?

a pior invenção depois da rasteirinha...

ambos, claro, moda por aqui.

Ew! Sim! Ew duplamente!

ps: admito que tenho sucumbido às rasteitinhas. Só assim pra andar a pé por toda a cidade, como eu tenho feito. Esse tem sido meu principal meio de transpote por aqui, pernas.

ps2: ainda estou em busca de Manolo Blahniks

ps3: sabe aqueles "ponchos", aquelas bebidas vermelhas servidas com uma concha que a gente vê nos filmes americanos? Então... tô tomando horrores disso por aqui. Só que agora eles vendem direto nas garrafinhas. Tem gosto de xarope infantil. Ou seja, gosto de infância. Tri bom!

domingo, 13 de julho de 2008

Você sabe que uma cidade está te influenciando quando...

- você abandona os óculos de grau e adota lentes de contato

- esquece a francesinha e pinta as unhas de vermelho

(quem me conhece sabe...)

sábado, 12 de julho de 2008

New York Saturday



Hoje foi um dia além de lindo, muito produtivo. Me encontrei com Charlie, um rapaz muito querido que conheci lá pelas bandas do Empire State. Ele, um nova-iorquino de nascimento, se propôs a mostrar a cidade pra mim.

Caminhamos pelo SoHo, Tribeca, China Town, Brooklin Bridge, Wall Street – o centro comercial do mundo, com prédios antigos e ruas estreitas.

A cada lugar que passávamos, Charlie ia me contando a história do lugar, mostrando igrejas e prédios históricos. O grande momento do dia foi quando chegamos ao Ground Zero, onde eram as torres gêmeas. Me deu um aperto no coração, um nó na garganta. Senti que algumas lágrimas estavam a caminho. É um GIGANTE espaço vazio, em meio a milhares de prédios. Só de pensar que... bom, melhor deixar pra lá. Por ali tem tipo um memorial, cruz bem alta, feita com pedaços dos destroços do prédio. Achei triste (não dá pra descrever o estado desses pedaços de metal...).

Vi duas limosines na rua. Daquelas brancas, gigantemente compridas, com umas moças loiras (claro) bem animadas (entenda-se: “bêbadas”) dentro. Sábado é dia de balada em Nova York. Pessoas arrumadas nas ruas, garotas com saias ainda mais curtas, unhas vermelhas e brincos gigantes.

Estou cansada. Caminhei demais - algo como 8 milhas, segundo Charlie. Vou dormir, nada de balada hoje.

Shabbat Shalom!

Ontem à noite, sexta-feira, estive em um tradicional Shabbat (jantar judaico) no Brooklyn, com uns amigos israelenses que fiz por aqui.

Rezas, cantorias, quipás, vinho e muita, muita comida. E só gente falando hebraico ao meu redor.

As casas são grandes, de alvenaria, beeem americanas, tão tão bonitinhas! E estar naquelas ruas é realmente como estar em um filme. TODAS as casas têm gigantes televisões de plasma. Morri de inveja.

O metrô é muito tranquilo aos sábados. To adorando isso tudo. Arrisco a dizer que me localizo melhor aqui do que em Porto Alegre.

Me sinto, literalmente em casa.

Faz um dia lindo esse sábado. To indo pro Central Park.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

E a pergunta que não quer calar...

até quando eu resistirei a pintar as unhas do pé de vermelho?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Oh Deus! O que faremos agora?!

São quase 1h20 da manhã. Estou indo no McDonald's que fica na frente do hotel pegar a minha janta.

E agora... como faço para pedir um big mac sem cebola por aqui??

Parece sonho... mas é a vida real em Manhattan

Da série "Não adianta explicar. Eles nunca vão entender".

Hoje estive em um dos lugares mais lindos de Manhattan. É tipo uma boate, a milhares de metros do chão, onde há uma sacada e se pode ver todos os prédios, todas as luzes, toda a beleza daqui. Além da sacada, o lugar é todo aberto, envidraçado. Pode ser ver tudo dali. E a noite de Nova York tem uma energia encantadora. Música ótima, bebida ótima (ah! os cosmopolitans...), companhia ótima. O melhor de tudo: só a high society de Nova York. Yeah. Um desses lugares caros que a gente vê nos filmes e pensa "nossa! Esses lugares não existem. Só em filme mesmo". Só faltou encontrar a Paris Hilton sem calcinha lá. Parece que no sábado ela vai. Não tirei fotos porque... né? Não quis dar uma de turista na balada. Muita gente chique por lá, não quis dar pinta de farofeira (que sou, sim. Com orgulho. Mas nem todo mundo precisa saber disso).

Detalhe: os banheiros, além de enormes, lindos, limpos e absurdamente cheirosos, oferecem fio dental, absorventes e até intens básicos de maquiagem. GRÁTIS. E a descarga é automática. Não entendi ainda, mas quando você pensa "bom né, terminei, vou dar desgarga então..." a descarga é automaticamebte ativada. Tô com medo que isso seja um leitor de mentes ou algo do tipo.

5º dia, segunda balada. É. A vida tá realmente difícil por aqui...

E amanhã, ás 8hs da manhã, tenho que estar de pé para ir à aula. Ainda bem que o Empire State é só a duas quadras daqui.

ps: iPhone é a coisa mais maravilhosa do mundo, depois de starbucks e cosmopolitans. Eu quero muito muito um! Imagina você estar no outro lado do mundo e poder mostrar para os seus amigos, na tela do celular, seu estado, sua cidade?? Absurdo. Amanhã é o lançamento do novo iPhone. A cidade está em polvorosa. É definitivamente, um happening. E eu, claro, estarei lá.

Há! Acho que não volto mais...

recados

Renan, tu ia M-O-R-R-E-R!

Nay: Tu tinha que ver os banheiros daqui!

Medo

Hoje fui no observatório do Empire State. A fila de mais de uma hora de espera para comprar os ingressos me fez desistir. Conversei com um dos seguranças por ali, ele perguntou o que eu estava fazendo em Nova York. Para estudar inglês, eu respondi. “Mas porquê? Você fala inglês melhor do que eu!”. Wow! Ouvir isso de um americano é realmente surpreendente.

Mais tarde, comprando cartão telefônico em uma loja de celulares por aqui... mais uma vez a mesma pergunta. Mais uma vez a mesma resposta. Mais uma vez a mesma observação “Mas você já fala inglês – melhor do que eu, inclusive.”

Mais tarde ainda, ao me encontrar uma com pessoal daqui, eis o que escuto “Se você não me dissesse que não mora aqui eu nunca saberia. Você fala como uma nova iorquina e se veste como uma nova iorquina”.

Medo. Muito medo.

Observação da autora: é um absurdo o que a cultura hollywoodiana faz com as nossas crianças, não é mesmo?

Coisas interessantes sobre Nova York

Tem muita gente de cadeira de rodas. As cadeiras são automáticas, ou seja, o cadeirante não precisa fazer esforço nenhum, é só mexer numa espécie de manete. É perfeitamente possível se locomover em cadeiras de rodas nessa cidade. As ruas são planas, TODAS as calçadas tem uma parte onde é possível subir facilmente com a cadeira de rodas, a cidade é inteiramente planejada para isso. Nas lojas e prédios existem entradas especiais. Não sei quanto custa isso ou se o governo oferece algum tipo de suporte, mas eu vi mendigo de cadeira de rodas. Automática. E mais: ao ver um cadeirante na rua, todos respeitam.

O que é o primeiro mundo, não é mesmo?


Aqui também se tem uma idéia totalmente diferente de distribuição de flyers nas ruas. Hoje vi um cara fazendo isso, mas ele tinha nas costas um tipo de suporte que tinha uma televisão, ficava acima da cabeça dele. Daí as pesoas olhavam o comercial passando na tv, se interessavam e vinham falar com ele.

Grandes idéias.

Diamonds are girl's best friend



Me dei de presente um legítimo "engagement ring" americano. Coloco no dedo e suspiro... um dia será de verdade. Vai ser de diamantes, da Tiffany's & Co da 5th avenue, e não da Duane Read da 34th. E vai ser dado pelo homem que eu amo. O sonho de toda new yorker girl...

Estou em Nova York. Me deixa sonhar em paz, ok?

Nas ruas de Nova York...

todas as mulheres, eu disse TODAS, pintam as unhas do pé de vermelho. Eu tô quase saindo correndo pra comprar um esmalte vermelho e aderir à moda.

As mulheres usam saias curtas, bem curtas. Em geral, são mulheres magras. Saia curta, pernas finas e brancas. E unhas do pé vermelhas. Essa é a moda em Nova York.

E, para contrariar Carrie Bradshaw... sim, as novaiorquinas usam scrunchys. Tirei uma foto para provar isso! (quem sabe, sabe. Só para fãs de Sex and the City)

Fazendo amigos


Muitas coisas legais acontecendo. Ontem depois da aula eu fiquei conversando com Sergio, um espanhol, sobre montarmos um grupo para fazer uma viagem de final de semana ao Canadá. Mete, da Turquia, meu colega de classe, se interessou. Saímos os três do Empire State Building conversando e eu queria mais do que tudo ir ao central park. Eles disseram que iriam comigo, e então começamos a peregrinação rumo ao central park. A pé. Mete (a única pessoa até agora que conseguiu pronunciar perfeitamente o meu nome) está aqui há três meses. É um cara engraçado, porque fala aquele inglês carregado de sotaque turco, sabe? Sergio é mais velho, mais calmo. Psicólogo. Fiquei por um bom tempo conversando com ele e descobri que falo espanhol muito bem (segundo ele mesmo).

Por estar aqui há mais tempo, Mete supostamente conhecia melhor a cidade (Sergio chegou no mesmo dia que eu). Então ele foi nos guiando. Pegamos 2 metrôs errados, quase fomos parar no Bronx, nos perdemos. Caminhamos para todos os lados. Começou a chover. Indiada total. Desistimos do central park. Mete tinha combinado de encontrar uns amigos em um bar, e então fomos pra lá. U$ 10, ganhei uma pulseirinha rosa pink e a permissão para beber o que quisesse até as 22h.

“Cranberry juice and vodka”. Tomei um ou dois copos a mais do que deveria. Fui na minha primeira balada americana. As músicas daqui são as mesmas que tocam no Brasil, as que eu mais adoro. Mariah Carey, Justin Timberlake. Quase enlouqueci quando tocou Britney Spears – Break the ice.

Renan, ontem tocou “Bleeding love” na balada. Falei que essa música era um hit!

terça-feira, 8 de julho de 2008

E cosmopolitans tem gosto de...

...impossível decrever. Tem gosto de Carrie, Samantha, Miranda e Charlotte em uma animadíssima noite em Manhattan.

(preciso dizer que fiquei fã desse drink? yummy!)

So far, so good

Final do dia. O sol abaixa e as luzes já começam a dar sinal de que mais uma noite estonteante está para chegar. Hoje venta em Manhattan. Já caminhei tanto por essas ruas que já estou com a sensação de que vivo aqui há muito tempo.

Hoje entre na Macy’s. Que loucura! Além de carregar o título – bem grande no letreiro da loja – de “biggest store in the world” (a maior loja do mundo), as melhores marcas do mundo estão lá. É um quarteirão inteiro, do começo ao fim, com sessões masculina, feminina, óculos de sol, maquiagens, bolsas, jóias... não tem como explicar a dimensão disso. É algo como se fosse o Empire State só que na horizontal. Não é alto (2 andares), mas é imenso. Dior, Gucci, Guess, Dolce&Gabanna, MAC, Loreal, Lacoste, Michael Kors e milhares de outras marcas que eu já nem lembro mais. Momento “orgasmo do dia”: loja da Louis Vuitton, dentro na Macy’s mesmo. Sapatos, bolsas, malas, carteiras... é de tirar o fôlego. Mal posso esperar para entrar na Vuitton da 5th avenue.

Entendi porque as mulheres andam tranquilamente de salto por aqui: as ruas são retinhas, perfeitas. As avenidas são gigantes, em cada esquina tem uma multidão de gente atravessando as ruas. Gente de todos os tipos. É lindo de ver. Todo mundo sempre falando ao telefone.

Em compensação, moda das rasteirinhas pegou por aqui também. Muitas mulheres usando nas ruas, e todas as lojas vendendo também (inclusive, pasmem, a Louis Vuitton).

Entendi porque naquele filme a saia da Marilyn levanta. Porque aqui, o metro corta toda Manhattan e em várias ruas tem uma gradezinha para a saída do ar. Dali sai um ventão, forte e quente. Se alguma mulher passar por ali de saia... pois é. Tive meu momento Marilyn hoje.

Estive conversando com duas meninas brasileiras que estão por aqui e me peguei dando dicas de restaurantes com buffet, museus, lojas da 5th avenue, cafés, supermercado, metrô, como se localizar nas ruas, quanto dar de “tip” (gorjeta) e outras coisas sobre o cotidiano de Nova York. E esse é apenas o terceiro dia. Foi algo assim, uma intimidade instantânea com a cidade, sabe? Deve ser a química...

Recados:

Leco: Eu ADORO esse filme! Queria ter visto contigo. Quando vi o New Yorker em cena, quase morri de emoção.

Keny: A tua baby look “I Love New York” amarela, tamanho P, tá na mão!

Coisas que você só vê em Nova York



O naked cowboy da Times Square é mundialmente famoso. Mas a naked cowgirl não deixa nada a desejar, não é mesmo?

ps: mãe, desculpa o gesto. Mas... né... é Nova York! A tia disse "fuck it" então "fuck it" meeesmo!

Para Elisa



Agora você já pode bater no peito e afirmar com orgulho "Eu sou uma mulher fashion e cosmopolita!". Tua bota está nas vitrines (e nos pés das) nova-iorquinas.

A bota tá inclinada porque uma amiga entrou e mexeu logo antes da foto... mas enfim, fica o registro.

Paradoxos

Você anda pelas ruas de Nova York tranquilamente. Ninguém te olha. Estão todos preocupados demais com seus próprios problemas. As pessoas passam, esbarram em você e nem sequer olhar para trás, quem dirá pedir desculpas. Dia desses estava saindo de uma loja e uma mulher estava entrando. Eu segurei a porta para ela passar, ela ficou me olhando esquisito, desconfiada. Do tipo “Por que você está fazendo isso? Por que está sendo gentil?”.

Já estava ficando muito decepcionada com a falta de sensibilidade dos nova-iorquinos quando, se repente, um desses ar-condicionados da vida me deu um belo acesso de rinite, me fazendo espirrar incessantemente. Andando pelas ruas e espirrando. A cada espirro, alguém se virava e dizia “God bless!” (Deus te abençoe). Impressionante. Passei por uma praça, um cara lá de longe gritou “God bless”. E foi assim no elevador, nas lojas... é talvez eles ainda se importem com alguma coisa.

Comer hot dog na rua tem gosto de América. Tomar café Starbucks tem gosto de hollywood. Cherry Coke ainda não sei que gosto tem, comprei hoje e não abri ainda. Fazer amizade com o staff do hotel é algo que te abre muitas portas -literalmente. Não vi nenhum obeso mórbido nas ruas, só gente bonita e estilosa. As mulheres negras tem cabelos lindos. Hoje comprei uma bandeira dos Estados Unidos.

Welcome to the city that never sleeps




Hoje foi meu primeiro dia de aula propriamente dito. A escola é ótima, tem gente e todos os lugares. MUITOS coreanos. Ver a galera tentar pronunciar meu nome é bastante divertido

Ontem fui com umas meninas brasileiras na Times Square. LUZES! Muitas luzes. É uma coisa hipnótica. Você respira, fecha os olhos, se belisca... e ainda não acredita que está ali, vendo tudo aquilo.

Mas a melhor de todas aconteceu na Victoria Secret. Liquidação. Tudo muito, muito barato. 6 gloss por U$10 dólares. 4 cremes maravilhosos por U$25. Soutiens por U$20, U$ 25. Absurdos. Ninguém é capaz de imaginar a loucura que estava aquela loja! Praticamente uma terceira guerra mundial. Mulheres se acotovelando por todos os lados, puxão de cabelo, filas quilométricas, gritos, correria. As vendedoras gritando a cada 5 minutos “last day of sale” (expressando que aquele seria o último dia de liquidação). Ver aquelas prateleiras imensas esvaziarem em questão de segundos bem na frente dos seus olhos é realmente impressionante. Alguém duvida que eu saí com a sacola cheia? Mais do que isso... deixa eu explicar. Na loja - que é linda de mais, diga-se de passagem. Pôsteres imensos das angels, milhares de maquiagens, cremes, perfumes, lingeries... é de encher os olhos e esvaziar a carteira. Mas, onde eu estava mesmo? Ah sim, quando se chega na Victoria, uma vendedora te dá uma sacola liinda, mas que é pra colocar os produtos dentro enquanto tu faz as compras na loja. E eu, como já estava com outras sacolas mais a minha no braço, quando cheguei ao caixa esvaziei a sacola, paguei mas esqueci de largar a sacola da loja. Na correria ninguém percebeu. Nem eu. Quando já estava a uma quadra da loja reparei que acidentalmente cometi um “furto”. Mas quem diz que eu voltei pra devolver? As meninas que estavam comigo ficaram babando. A sacola é linda, parece uma bolsa. Fiquei super feliz com essa “aquisição”. Além de comprar muita coisa a um a um preço muito barato, ainda ganhei o melhor souvenir de todos. Amei.

Hoje descobri que tem uma Starbucks no Empire State Building, onde eu estudo. Fugi pra lá no intervalo e voltei pra sala tomando um belo Frapuccino Mocha. Imagina onde eu vou tomar café todas as manhãs?

domingo, 6 de julho de 2008

Em solo americano




Nova York vista de cima é algo. A cidade é tão organizada que parece uma maquete. Aquelas típicas casas americanas que vemos nos filmes, de alvenaria e de cores claras, geralmente sobradinhos, com portão e jardinzinho.

Me sinto no cenário de um filme, andando por essas ruas numeradas, de tão fácil localização que parecem te convidar para um passeio. Pessoas de todas as culturas, cores, credos. Todas as línguas, todas as roupas, todos os estilos. Na frente do meu hotel, na 8th avenue, dois dos maiores símbolos de Nova York, um McDonald’s e uma Starbucks (o que, aliás, foi a primeira coisa que fiz em solo americano, tomar um café Starbucks). Comi hot dog na rua a 2 dólares, fui no Taco Bell e comi tacos com um refrigerante de cereja. Encontrei a Meca das mulheres vaidosas e descoladas de Nova York, a Victória’s Secret, e já deixei uma boa grana por lá. Descobri, para a minha alegria (e tristeza da minha mãe) que meu cartão de crédito e meu celular estão funcionando perfeitamente (aliás, galera, eu recebo e mando mensagens normalmente, como se estivesse em Porto Alegre, mesmo valor). Caminhei pela 5th Avenue, extasiada com tantas grifes (Louis Vuitton, Gucci, Prada, Dolce & Gabanna, Banana Republic, Pucci e mais tantas outras). Descobri que a cidade inteira está numa absurda onda de promoções e descontos em função do 4 de julho. O Central Park é imenso. Vi um rapaz pregando a palavra de Cristo, segurando fervososamente uma bíblia em plena Union Square. Até aí tudo normal em se tratando de Nova York. Lindo foi ver um rapaz ao lado dele, de olhos puxados, careca e acima do peso, usando minissaia, meias e um gigante tamanco dourado, defendendo o que o rapaz pregador dizia. O público em volta ia ao delírio! Conheci (emocionadíssima) o cenário do “casamento” de Carie Bradshaw, a Biblioteca Pública de Nova York, mas não pude entrar porque era domingo e estava fechado. Amanhã volto lá e tiro fotos. O Empire State, olha... é menor do que eu imaginava. Mas ainda assim, é enorme. Quando se chega na frente dele e se olha pra cima... é de tirar o fôlego.

Os gays estão comandando a cidade. Para onde quer que se olhe, é possível encontrar a bandeira multicolorida do movimento. “Male DVD store” é algo comum por aqui. Ainda hoje passei por uma autêntica Sex Shop americana, mas, claro, não tive coragem de entrar.

Ainda no avião, o primeiro mico. Porta do banheiro, escrito “Push”. O que foi que eu fiz? Puxei, claro... Depois morri de vergonha. Chegando aqui, ao entrar na Starbucks, fiz a mesma coisa. Maldito reflexo cultural!

Muitos indianos no aeroporto. Poucos mendigos na cidade. Pés doendo de tanto caminhar. Manhattan é linda demais.

Os táxis são amarelos...




... e tem televisão dentro.

E eu ainda não sei quanto dar de "tip".

sábado, 5 de julho de 2008

"Não vá ao McDonalds"

Quando se vai para uma cidade tão grande e famosa como Nova York, sempre aparece um monte de gente dar dicas, conselhos, te contar alguma coisa. Aí vai um apanhado das coisas que ouvi:

“ Vá no Harlem. Sério. Vai no Harlem” por Allan

“Não vá ao McDonald’s. Mas, tenha você a crença que tiver, tire um domingo para ir a uma tradicional missa em Nova York. Vale muito a pena. E também não deixe de assistir aos shows da Brodway, especialmente os clássicos como “Fantasma da Ópera”. E os museus! Ah os museus... não perca o Metropolitan. E não se esqueça, não vá ao Mcdonalds” por Souvenir Dornelles

“ Quando você estiver em Chinatown, observe as mulheres. Não as que carregam bolsas de grife, mas a que seguram pequenos papéis e falam baixinho. Elas te levam até o paraíso!” – sobre como comprar bolsas de grife a um preço módico – por Luísa Félix

“O elevador do Empite State vai do andar 1 ao 100 em apenas 10 segundo! É incrível! E se passar pelo SoHo (lindo) visite a Gisele Bündchen, ela mora por lá.” Por Dra. Raquel

“Compre. Compre muito! E na hora de ir embora, para não ocupar espaço na mala, deixe suas coisas velhas por lá” por Glaci (melhor amiga da minha mãe e compradora compulsiva)

"Nunca diga que está carregando uma arma ao passar pelo detector de metais." por Renan. Tá, ele não disse isso. Mas, digamos que eu aprendi com os erros dele.

“Me traz um mantô! É só isso que peço. Me traz um mantô!” pela minha mãe mesmo. Se alguém descobrir o que é um mantô, me avisa.

Mal posso esperar.

PS: Souvenir, desculpa. Eu vou ter que ir a um McDonalds!

Na hora de dar tchau...

...o coração aperta. Confesso que achei que seria mais fácil, mas ver aquelas carinhas sinceras de quem te diz que vai sentir saudade, aqueles abraços de despedida... Ai gente, é só um mês! Francamente! Mas já estou com saudade.

Na foto, a galera mais vip da PUC, me fazendo surpresa no último minuto. Adorei.

Recados:

Leco, Amália, Di, Dani... A-D-O-R-E-I que vocês apareceram lá. Muito obrigada por fazerem meus dias cada vez mais divertidos. Sinceridade? Vou sentir MUITA falta de vocês.

Minha família linda, que se deslocou voando de Canoas só pra me dar um último abraço... adorei. Agradecimento especial à minha mãe, sempre tão pacienciosa com os meus surtos de ansiedade e nervosismo...

Ah! Vica, maninha do coração! Eu vou saber me virar sozinha. Você vai ver!

Nay... droga... sem último abraço então? : (
Mas de qualquer forma, fico feliz de você ter estado lá. Não vou esquecer o teu Starbucks.

Marcelo... sempre na hora certa!

E, claro, não podia esquecer um grande anjo da minha vida. Celina, que sempre me ajuda a achar tudo e não perder a cabeça. Obrigada por tudo.