terça-feira, 30 de junho de 2009

O dia em Londres

Em Londres, 20h30 da noite. E o sol continua lá, firme e forte. Olhando daqui, eu diria que são... umas...17h30 no máximo.

Vista da janela do meu quarto



Detalhe do ônibus vermelho passando ali em baixo.

Vou acordar vendo isso todos os dias. Vida difícil!

Londres, primeiras impressões

Peguei um taxi do aeroporto até o hotel. Doeu o bolso, mas... quem converte não se diverte. Então, tentei aproveitar. De dentro do carro, fiquei observando os carros na rua com a direção do lado direito, os táxis pretos com cara de carro antigo, as pessoas caminhando pelas ruas...

Um dia lindo em Londres! Verão chegou com tudo por aqui. Pessoas passeando bem à vontade, pegando um sol, turistando, namorando... As casinhas que terminam na calçada, a arquitetura clássica, muito verde (ao contrário de Nova York e seus arranha-céus). Uma cidade tranqüila e agradável, foi o que se apresentou para mim nesse primeiro dia. Pode até ser besteira falar isso, mas Londres é exatamente como nos filmes. Mas melhor.

Meu hotel é ótimo, peguei um quarto que fica bem no canto do prédio, e por isso é maior e mais arejado. 16º andar, o mais alto. O quarto tem tudo. Até cozinha. O que muito me surpreendeu, quando o rapaz veio até o quarto entregar as panelas, a louça e ensinar a operar o fogão (daqueles todo eletrônico, que parecem só uma placa de vidro que fica em cima de uma estante). Olhei pra tudo aquilo e achei que fosse pegadinha. Panelas?? Oi?? (espaço reservado à sacanear as parcas habilidades na cozinha da autora do blog)

Estava altamente cansada e sem energias hoje, então saí pra rua pra fazer o básico, supermercado. Se bem que essa é uma forma bem interessante de conhecer uma cultura, se misturar ao cotidiano. Muitos indianos por aqui. Percebi que o comércio local tem muitos vendedores estrangeiros, com um inglês de difícil compreensão. Quase não conseguia entender o que me diziam.

As ruas são mais complicadas (saudade de Noya York e a sua lógica geográfica...), piso irregular e algumas não tem placa com o nome. Quer dizer, mais difícil se deslocar por aqui. O povo também não é tão receptivo e solícito. Esbarram contigo na rua e nem olham pra trás para se desculpar ou ver se não derrubou a pessoa (mas até aí, to acostumada já...). Não tem tanta gente bonita quanto em Nova York, em geral, os mais bonitos e arrumados que vi até agora são mesmo os turistas. O pessoal anda mais despojado por aqui, também em função do verão, acredito. Muitos gays também.

Fiz hoje a coisa mais sem noção que se pode fazer ao conhecer uma cidade nova. Com fome e com tantas opções ao meu redor, escolhi o Burger King. Mas troquei o refrigerante por um Five Alive, um tipo de suco/vitamina de frutas vermelhas, apesar da contra-indicação da atendente indiana (“parece remédio, não toma”, disse ela). No fundo não foi tão ruim. No fundo, todo o turista faz isso.

Encontrei um lugar que vende os famosos quebabs. Aquele lanche tão criticado pela Dr. Gillian McKeith, espécie de comida indiana que eu não conheço, mas que todo o gordinho britânico adora. Muito popular por aqui.

Adorei o preço do Red Bull. $1.20. Já comprei vários.

Deixarei os passeios turísticos para quando eu tiver mais disposição (meus olhos chegam a estar vermelhos de sono, e o corpo todo dói de tanto peso que carreguei nos ombros durante toda a trajetória... ao todo foram umas 30 horas de maratona non stopping).

Encontrei o Zaffari daqui, o Sainsburry’s. É o melhor supermercado. Enorme, tem tudo, e de alta qualidade. Bárbara, é bem o que eu tinha te falado mesmo, as frutas vem numas embalagens individuais, e a maioria não vem em pouca quantidade. Comprei cerejas naturais, aquelas de cabinho, minhas favoritas, as quais estou saboreando neste exato momento. Virei também uma pessoa ecologicamente correta aqui: comprei aquelas sacolas de tecido reutilizável para fazer as minhas compras.

Já encontrei uma Starbucks e um shopping Center. Hoje foi um dia mais dedicado aos afazeres domésticos (já que tem louça, comprar lava-louças, pano de prato, de chão e dar uma abastecida básica na geladeira). Amanhã, com mais energia, vou explorar mais essa cidade linda.

Beijosnãomeliguem.
(manda torpedo que é mais barato! To mandando e recebendo normal, com preço de local)

Ecologicamente correta



... e socialmente responsável.

(e cabe muito mais coisas do que em uma sacolinha de plástico)

De repente, Paris



Ainda no Galeão, descobri que teria que trocar de avião em Paris. Quer dizer, mais um vôo. Meu corpo reclamou um pouco no início (Três vôos?? Horas perambulando em aeroportos... check ins... depois de uma noite não dormida? De salto alto? Carregando o notebook, um casaco e uma manta na mão?? Francamente.)

Mas enfim, meu lado Poliana pensou “ah, que se dane!”. Como diz o ditado quem ta na chuva dá uma passadinha no Charles de Gaulles em Paris.

Apesar das infindáveis 10h40min de viagem até Paris, o vôo foi maravilhoso. Eu sabia que a Air France tinha um dos melhores serviços de bordo do mercado, mas agora pude enfim comprovar. Comi muito bem, tomei vinho, champagne, e ainda brindei com o casal de franceses que estava ao meu lado. Quem reclama de comida de avião é porque nunca viajou pela Air France.

Chegando em Paris...

O aeroporto Charles de Gaulles é realmente uma coisa! É difícil descrever. É tão...tão... francês! Um design super moderno, mas com ares clássicos. Piso todo com carpete vermelho – os carrinhos pareciam flutuar sobre ele, sem fazer ruído algum. Ao chegar no embarque, e aquela função de detector de metais, tirar o sapato e tudo mais, as lojas que ficavam atrás do portão me roubaram a atenção. Lojinhas simples, como Dior, Hermès, Prada, Cartier e Ralph Lauren gritavam meu nome ensandecidamente. Tive que ir até elas. Procurei uma Birkin na Hermès, mas aí lembrei que tem a tal fila de ATÉ 5 ANOS para possuir um exemplar deste modelo. Lembrei também que eu não tava podendo comprar uma dessas e meu vôo sairia em instantes. Mas, fora isso, comprei na Virgin o CD Thriller do Michael Jackson, só pra ficar mexendo da ferida (e dizer que eu tenho um quando o mesmo está esgotado em tantas e tantas lojas ao redor do mundo.)

No vôo de Paris a Londres, saboreei um verdadeiro croissant (com direito a sotaque e tudo mais). Faz aquelas coisas que nós comíamos na famecos ficarem completamente sem sentido.

ps: no vôo até Paris, não escapamos de uma turbulência. O avião sacudiu todo, meu coração veio na boca e, claro, é inevitável pensar no pior nesse momento. Essa aí eu não faço questão de repetir.

ps2: Mulheres francesas podem ser bem comuns. Até mesmo parecidas com brasileiras, no aspecto físico. Claro que existem as "francesas clichê", louras bem claras, magras e de rosto marcante. São lindas, inclusive. Mas são poucas.

ps3: Naigler, to amando francês e pensei muito em ti o tempo todo. Quando eu não entendia alguma coisa, ou quando me perguntavam algo em francês, eu só conseguia pensar "Ah, se a Naigler estivesse aqui... responderia tranquilo"

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Just for the record...

... meu vôo é pela Air France. Não obstante, (agora) todo mundo sabe que tem uma parte no oceano em que os aviões perdem contato com as torres de comunicação. Logo...

não custa pedir umas energias positivas.

Dedos cruzados, pessoal. To quase lá!

note to self: aeroporto pode ser um lugar bastante entediante depois de 4 horas.

Como passar 8 intermináveis horas sozinha em um aeroporto

Aeroporto Galeão. 8h da manhã. Meu vôo: 16h.

O que fazer? Ir à manicure, caminhar muito, observar turistas, ser confundida com turista. Ler revistas, guias, pensar na vida. Fazer planos, estabelecer metas. Esquecer tudo isso e tomar um sorvete.

Estar com sono, caminhando em cima de um salto 12, carregando um notebook de aproximadamente 10 quilos.

Pensar que em algumas horas estarei pisando em solo britânico.

note to self: jamais aceitar um vôo com tanto tempo de intervalo novamente.

No Rio, faz calor agora. Já guardei minha manta, e neste momento morro de inveja das cariocas e suas rasteirinhas em pleno aeroporto.

Next stop: London




1 ano depois, um passaporte roubado, um diploma conquistado, 6 kg e duas amígdalas a menos... cá estou novamente, prestes a me jogar nesse mundão mais uma vez. O destino? Londres, a capital dos contos de fada – que o digam Diana Spencer e Kate Middleton. Terra da Rainha e de Lordes, do chá das 5, da pontualidade (insira sua piada aqui)... e também dos dias cinzentos, das pessoas muito brancas, de olhos claros e dentes feios... será? Em breve vou poder confirmar tudo isso - ou não.

Emoções, surpresas e aventuras. Bem vindo a minha jornada pela terra da realeza!